sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

discurso político de Jaime Gama (PS)


Foi nos pedido para escolhermos um discurso político e analisar se respeita as regras do discurso argumentativo. Para esse trabalho escolhi um discurso com a intervenção de Jaime Gama (PS) acerca do encerramento da campanha de combate à violência doméstica.
Nesse discurso, podemos ver que estão presentes as seguintes funções da linguagem:
· A função emotiva;
· A função denotativa;
· A função apelativa.
Constata-se ainda, que o discurso não respeita as regras gramaticais.
Em relação as regras do discurso argumentativo, constata-se que o discurso as respeita todas.

http://app.parlamento.pt/DARPages/DAR_FS.aspx?Tipo=DAR+I+s%c3%a9rie&tp=D&Numero=109&Legislatura=X&SessaoLegislativa=3&Data=2008-07-19&Paginas=44-45&PagIni=0&PagFim=0&Observacoes=&Suplemento=.&PagActual=0&PagGrupoActual=0&TipoLink=0

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Clavis profetarum - Padre António Vieira

Na altura em que o padre António Vieira escreveu a sua obra “clavis profetarum” ou “chave dos profetas”, havia um grande interesse pelo estudo do futuro. Em determinado momento, ele deu o título de História do Futuro à parte desta obra. Esse é um tema bem discutido entre os especialistas, o da relação entre o livro História do Futuro e a obra Chave dos Profetas.
Chave dos Profetas foi redigida em latim
Cabe lembrar que História do Futuro e outros manuscritos de Vieira foram redigidos em português. Chave dos Profetas, no entanto, foi redigida em latim, língua que o religioso dominava profundamente.O latim era muito conhecido e até falado nas universidades da Europa e da América. Ele procurava desvendar um pouco dos mistérios do futuro. Uma época de paz é um grande sonho da humanidade. Esse sonho permeia todos os séculos. Talvez por esses motivos ele tenha considerado o trabalho sobre profecias o de maior importância. O que acontece é que a obra profética ficou por acabar. Ele trabalhou até o último ano de vida nela. Com certa modéstia, ele disse que as profecias seriam um palácio altíssimo, e os sermões seriam choupanas.
A nova edição de História do Futuro é a primeira brasileira
Essa nova edição de História do Futuro foi projectada pelo Laboratório de Estudos do Futuro da Universidade de Brasília. Podemos lembrar que esse livro tem duas grandes partes. Vieira deu à primeira o título de Livro Anteprimeiro. A segunda parte foi chamada de Livros Primeiro e Segundo. Um trabalho mais extenso é o que está sendo promovido pela publicação da Clavis Profetarum. Essa obra é mais extensa porque reúne manuscritos de diversas épocas que estão em Portugal e na Itália. Esse trabalho vai levar mais tempo e está sendo tratado nestes dois países. É importante ressaltar que não havia no Brasil uma edição destas duas partes do livro. Em Portugal, houve algumas edições separadas ou reunidas.
A vida do padre Vieira apresenta muitas turbulências. Ele gozou, durante um período, da admiração do rei dom João IV. Vieira foi um apoiador da independência de Portugal da Espanha. Ele veio para Brasil aos seis, sete anos, e sua primeira viagem para Portugal foi em 1641, pouco depois de ser proclamada a sua independência da Espanha, como um dos três enviados do governador do Brasil. A sua missão era dizer que o Brasil era a favor da independência. Foi quando se tornou grande amigo de dom João IV. Vieira chegou a ser conselheiro do rei e pregou grandes sermões em Lisboa. Esse foi o período próspero. Depois da morte de dom João IV, ele perdeu essa posição.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Slogan de Fernando Pessoa










"Primeiro estranha-se, depois entranha-se".



Este foi o slogan de lançamento da Coca-Cola em Portugal, slogan esse, escrito pelo famoso poeta e escritor português Fernando Pessoa.
Fernando Pessoa trabalhava nessa altura para a agência de publicidade "Hora" e foi o seu humor mordaz que o fez criar esse slogan.
Quando saiu, o slogan fez um enorme sucesso, mas, acabou por levar a um enorme prejuízo financeiro. Uma vez que a Coca-Cola tinha sido proibida pelo regime devido a suspeitas de que a bebida em questão continha cocaína, ao ver o slogan, o director de saúde de Lisboa entendeu que a mensagem era um explícito reconhecimento da toxicidade do produto e decretou a proibição da bebida e fez com que a bebida fosse toda mandada ao mar.
Só em 1975 é que a Coca-Cola passou a ser autorizada em Portugal.

sábado, 27 de setembro de 2008

A tragédia de Jenny

Tudo aconteceu muito rapidamente. Embora todos soubessem que Jenny era um bocado maluca e tinha problemas de álcool, ninguém esperava tal tragédia.
Depois de se chatear com o namorado, Jenny saiu furiosa do estúdio onde estava a gravar um novo single.
Alguns instantes depois, apareceu a minha porta. Embora fosse uma rapariga difícil de compreender, eu sabia que lá no fundo ela só precisava de uma amiga com quem desabafar. Depois de uma longa viagem em silêncio, Jenny parou o carro numa praia deserta, um bocado escondida.
Então virou-se para mim e disse:
- Conhecias esta praia?
Ao que eu lhe respondi:
- Não, mas é linda. Como é que a descobriste?
Depois de um momento de silêncio, em que só se ouvia a Jenny a beber a sua vodka.
Olhando para o mar ela respondeu-me:
- Era aqui que eu vinha com o meu irmão quando éramos mais novos.
- E porque deixaram de vir? – Perguntei-lhe.
- Ele fugiu de casa quando tinha 16 anos e nunca mais tive notícias dele.
-Desculpa ter tocado no assunto, não sabia. - respondi-lhe sem saber o que poderia dizer mais.
Era a primeira vez que a via assim tão frágil, parecia perdida sem saber o que fazer.
Enfim, tentando quebrar o silêncio, perguntei-lhe:
- Não me queres contar o que se passou para estares assim?
Depois de dar outro gole na sua vodka, respondeu-me:
- O Fred não compreende a minha música. Quer alterar tudo, mas não percebe que a minha musica e um refugio para mim. E onde escrevo os meus sentimentos. Se ele mudar as minhas letras, a musica deixa de ter significado para mim. É como apagar um bocado de mim.
Nesse preciso instante, apareceu o Fred. Furioso, virou-se para a Jenny:
- Eu sabia que só podias estar aqui. O que pensas que estás a fazer? Não podes abandonar o estúdio assim! Tens uma música para gravar! Estou farto das tuas cenas! E essa mania de te embebedares! Agora escolhe, ou voltas para o estúdio acabar a gravação, ou, acabou-se tudo entre nós!
Depois de um momento a pensar no que acabara de ouvir. Perguntou-lhe:
- Estás me a fazer um ultimato? Queres mesmo que escolha? Ou a guerra ou o amor?
- Sim! – Respondeu-lhe ele com frieza
- Então escolho a guerra! – Dito isso, agarrou nas chaves do carro, na sua garrafa de vodka e fugiu a correr.
Algumas horas depois, chegou a horrível notícia, Jenny tivera um acidente de carro ao qual não sobrevivera.

quinta-feira, 12 de junho de 2008


Boas férias stor...;)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Se no mundo igualdade houvesse...

Se no mundo igualdade houvesse e esperança nas pessoas existisse,
eu sentiria grande emoção e à filosofia me prenderia.
No mundo perfeito jamais uma letra mudaria.
E se chorasse, e sofresse, sentimentos de desespero me assombrassem,
ao mundo eu sorria porque no fundo era a perfeição.

Esperei que tudo acontecesse e meu desejo me realizasse,
rezei esperando que o meu sonho fosse todo uma verdade.
Mas deparei-me num pesadelo e os meus olhos cederam,
e a ansia da ilusão, e a coragem se entranha,
e crente que um dia no sonho vou acordar
para que haja alegria,
e todos os direitos do mundo um dia se possam igualar.

Bendito seja o meu pensamento de todas as posições igual.
Mais tarde, felicidade se vai sentir debaixo dos meus olhos castanhos.
Passaram os Homens a ter de sorrir,
e seus entes correram sentido que possuem liberdade,
e correram, descansando aquilo a que se chamou de igualdade.
Stéphanie Santos

Se houvesse degraus na terra...

Se houvesse degraus na terra e tivesse anéis o céu,
eu subiria os degraus e aos anéis me prenderia.
No céu podia tecer uma nuvem toda negra.
E que nevasse, e chovesse, e houvesse luz nas montanhas,
e à porta do meu amor o ouro se acumulasse.


Beijei uma boca vermelha e a minha boca tingiu-se,
levei um lenço à boca e o lenço fez-se vermelho.
Fui lavá-lo na ribeira e a água tornou-se rubra,
e a fímbria do mar, e o meio do mar,
e vermelhas se volveram as asas da águia
que desceu para beber,
e metade do sol e a lua inteira se tornaram vermelhas.

Maldito seja quem atirou uma maçã para o outro mundo.
Uma maçã, uma mantilha de ouro e uma espada de prata.
Correram os rapazes à procura da espada,
e as raparigas correram à procura da mantilha,
e correram, correram as crianças à procura da maçã.
Herberto Helder

Frase criticas a Portugal da correspondências de Fradique Mendes

«Lisboa é uma cidude traduzidado francês em calão»

«(...) Politicos, votados por um fado vingador à destruição da nossa terra.»

«Em Portugal, boa madrinha, todos somos nobres,todos fazemos parte do Estado, e todos nos tratamos porExcellencia.»

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Os jovens e os seus sonhos de vida

Antigamente, os sonhos dos jovens eram muito fúteis. Sonhavam com coisas materiais tais como carros, brinquedos, roupas, etc.
Nos tempos de hoje , as coisas mudaram. Jovens sonham mais em construir família, ter um boa situação económica, enfim, ter uma vida estável. Têm como principal objectivo um bom futuro académico. Os seus objectivos de vida estão bem definidos.
Uma certa percentagem continua a sonhar com coisas banais tais como fama, dinheiro, etc., mas felizmente, é uma percentagem bastante reduzida.
Mas pergunto-me, para que é tanto sonho, se não se lembram do mais importante?
A SAÚDE.
Pois sem saúde não irão conseguir concretizar nenhuns dos seus sonhos.
Embora a saúde seja importante para concretizarmos os nossos sonhos, não nos podemos esquecer que se não lutarmos também nunca chegarmos aos nossos fins. Pois as coisas não nos vêm parar às mãos assim sem esforços.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Violência nas escola - Para quando o fim?

Tem vindo a destacar-se uma elevada taxa de violência nas escolas. Os alunos de hoje mostram-se cada vez mais agressivos. Chegando a fazer uso da violência, verbal e física com professores.
Considero que este facto se deve ao mau ambiente em casa. Esse mau estar psicológico irá então reflectir-se no seu comportamento escolar. Deixam de ter respeito para consigo e para outrém .
Muitos desses casos têm sido comentados exaustivamente pelos mass media. As notícias mais faladas têm sido sobre violência nas escolas públicas.
Considero serem os pais os únicos com solução para este problema. Basta tentarem fazer com que os seus educandos se sintam melhor consigo.
Pois se não fizerem algo agora, o que acontecerá daqui 10 anos?

quarta-feira, 12 de março de 2008

o que é a poesia?

A poesia é vista pela maioria das pessoas como um diário, onde se exprimem sentimentos, desejos e experiencias. Este diário é escrito em forma de poema, os quais contêm ritmo e/ou rima. Cada palavra na poesia, tem um sentido único, o qual é atribuído pelo autor, consoante a sua forma de “ver o mundo”. Os poetas estão em permanente ligação com o papel e a alma, sendo os poemas um desenho de uma alma.

terça-feira, 11 de março de 2008

Os Mass Media e a sua influência na sociedade

De hoje em dia os mass media são a fonte de informação da sociedade. A importância da publicidade na sociedade moderna é cada vez maior. Se os mass media adquiriram em toda a parte importância, a publicidade, veiculada pela mídia, actualmente é uma poderosa força de persuasão que modela as atitudes e os comportamentos no mundo contemporâneo.
Desejo recordar também os problemas éticos e morais que a publicidade apresenta.
Na nossa sociedade, a publicidade influencia profundamente as pessoas e a sua maneira de compreender a vida, o mundo e a sua própria existência, sobretudo no que se refere às suas motivações, aos seus critérios de escolha e de comportamento.
A publicidade é omnipresente no mundo de hoje. Até as pessoas que não estão em contacto directo com a publicidade nas suas diferentes formas, se vêem no entanto confrontadas com uma sociedade, com uma cultura e com outras pessoas que são influenciadas, positiva ou negativamente, pelas mensagens e técnicas publicitárias de todos os géneros.
A evolução dos meios de comunicação veio favorecer também o ramo do comércio. Somos compulsivamente “obrigados” a seguir as modas criadas propositadamente por quem quer ganhar algum dinheiro com isso. Como exemplo mais significativo deste fenómeno, temos a meu ver, a indústria musical. Apoiadas em fortes estratégias de marketing, não é raro ver bandas e músicos que surgem do nada serem logo idoltradas e adoradas por muita gente, principalmente, jovens.
A qualidade musical nem sempre é a melhor (vejamos o caso dos Tokio Hotel, a nível internacional, ou dos DZR’T a nível nacional), mas, necessitados de se integrarem num grupo qualquer, as pessoas consomem quase tudo o que lhes metem à frente apenas como forma de se sentirem integradas.
Poderíamos culpar os mass media por nos levarem a sermos tão dependentes a eles mas, na minha opinião, não teríamos argumentos para defender a nossa posição, pois os únicos culpados somos nós por nos deixarmos influenciar a este ponto.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A poesia de Florbela Espanca

É a poesia que fará de Florbela o vulto que é. Quase sempre em forma de soneto.
Salvo umas tantas excepções. Algumas quadras incluídas por Rui Guedes em valiosa edição abrangendo a totalidade ou quase da poesia de Florbel.
Uma delas, com um certo sabor à chamada quadra popular:

Que filtro embriagante
Me deste tu a beber?
Até me esqueço de mim
E não te posso esquecer...

O seu Alentejo merece-lhe palavras de exaltação. Em soneto a que chama No meu Alentejo que inclui em carta à directora de Modas e Bordados exprime-a nos tercetos finais:

Tudo é tranquilo e casto e sonhador...
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: Onde há pintor

Onde há artista de saber profundo,
Que possa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste Mundo?

Escreve também poemas de sentido patriótico. Um deles, dirigido às mães, apelando que calem as suas mágoas pelos filhos que lutam e morrem na guerra em defesa da Pátria, e alguns outros de sentido semelhante.
Mas Florbela lembra claramente que o que a preocupa é o Amor, e os ingredientes que romanticamente lhe são inerentes: a solidão, a tristeza, a saudade, a sedução, a evocação da morte, entre outros... E o desejo. Olhemos uma das quadras do soneto que intitulou Toledo:

As tuas mãos tacteiam-me a tremer...
Meu corpo de âmbar, harmonioso e moço,
É como um jasmineiro em alvoroço,
Ébrio de Sol, de aroma, de prazer!

O grande paradoxo. O amor, como muitas vezes se lhe refere, sugere um sentir onde o erotismo é componente permanente. Exaltado em vários escritos, noutros pretende ser limpo do que na época se consideram impurezas.

Após os vários casamentos, diz desejar morrer virginalmente.

Tudo produto duma moral que interditava à mulher exprimir o seu prazer sexual. As sugestões mais ousadas sobre sexo eram tidas como degradação ou, complacentemente, como provocação..
Pergunta que não terá resposta fácil é saber se Florbela escreve, aproximando-se do explícito, porque pretende romper com os comportamentos tidos como convenientes e dentro do moralmente correcto.
Olhamos o soneto Passeio ao Campo onde começa:

Meu Amor! Meu Amante! Meu Amigo!
Colhe a hora que passa, hora divina,
bebe-a dentro de mim, bebe-a comigo!

e depois de referir a "cinta esbelta e fina..." e outros atributos da sua própria elegância física, continua:

E à volta, Amor... tornemos, nas alfombras
Dos caminhos selvagens e escuros,
Num astro só as nossas duas sombras...
Num outro
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

para concluir:

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

Contraditoriamente com essa sensualidade sempre presente, afirma não poder olhar para o relacionamento sexual sem um sentimento de impureza, de brutalidade. Em alguns trechos, onde mais fortemente sugerido, as mulheres são impuras, megeras ou sujeito de outros qualificativos semelhantes.
O casamento e a posse são brutalidades, afirma e repete Florbela Espanca.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

poema

Ódio

Eu já senti amor
Em tempos de fragilidade
Agora só sinto é ódio
Por este mundo de crueldade

Aqui não há felicidade
Apenas dor e raiva
Aqui vive a crueldade
Que só nos traz é mágoa

Como fazer parar esta destruição
Que nos leva a escuridão
Só sinto humilhação
Com tanta devastação

Eles dizem ser fortes
Mas estão muito enganados
Só causam é mortes
Com medo de saírem magoados

Tantas lutas e guerras
E essas mãos manchadas
De sangue de inocentes
Que apenas fizeram escolhas erradas

Corações partidos
Homens desaparecidos
Crianças a gritarem
E mulheres a chorarem

Vejo tudo negro
Não sei que fazer
Também tenho medo
De um dia vir a sofrer

Será que para sempre irão guardar
Este enorme ódio que só os faz matar
Quero que alguém nos venha libertar
Para enfim poder rir, brincar, cantar e saltar

Não quero ver
Mais ninguém morrer
Nem quero ver
Mais ninguém sofrer

Quero ser feliz
Acabar com este sentimento
Quem sabe ser actriz
E viver num mundo perfeito.